Projeção Astral –
15 de fevereiro de 2025 – 01:45
Em um estado profundo de consciência, despertei em um espaço indefinido, um ponto intermediário entre realidades, como se estivesse à espera de algo que transcendia minha compreensão humana. O ambiente ao meu redor não possuía forma ou limite, mas sua essência vibrava como um portal suspenso entre diferentes dimensões. Não estava sozinho. Ao meu lado, um homem cuja identidade se dissolvia em minha memória permanecia em silêncio, compartilhando da mesma expectativa.
Eu aguardava alguém. Sabia, instintivamente, que essa presença era de outra realidade, um futuro mais elevado. E então, ele chegou.
Era um menino de oito a dez anos, de pele clara e uma aura que irradiava pureza. Mas ele não era uma criança comum. Ele vinha de um plano superior, um viajante cósmico que cruzava barreiras dimensionais para conhecer o sistema humano e suas emoções. Ao me ver, não hesitou—correu em minha direção e me envolveu em um abraço que carregava algo mais profundo do que palavras poderiam expressar. Sua energia era delicada, terna, como se a própria essência do amor se manifestasse em sua forma mais pura.
Com a inocência de quem busca compreender sem julgamentos, ele me fitou e perguntou:
— Vocês são sempre amorosos assim?
A pergunta me tocou de um jeito inexplicável. A verdade estava ali, simples, brilhante como a própria luz que emanava dele. Sorri e respondi:
— Sim.
Sentia que ele tentava compreender como o amor se manifesta na humanidade, talvez porque em sua realidade esse sentimento fosse constante, mas sem as nuances e desafios que experimentamos aqui. Seu olhar carregava curiosidade e, ao mesmo tempo, um entendimento que transcendia qualquer conceito terreno.
Se houve outras trocas de palavras, não me recordo. De repente, algo mudou. Sua presença foi ocultada de mim, como se uma cortina invisível tivesse sido fechada, encerrando aquele encontro de forma abrupta. Uma sensação de vazio momentâneo tomou conta de mim, como se parte da experiência tivesse sido velada para minha consciência desperta.
Foi nesse instante que o nome de Chico Xavier emergiu em minha mente, claro como um sussurro vindo de além do tempo. Algo dentro de mim sabia que ele compreendia essas experiências, que ele já havia acessado esses mesmos espaços e interagido com seres de realidades superiores.
Então, uma nova presença se manifestou. Uma voz masculina, vinda de um ponto indeterminado, afirmou com convicção:
— Chico Xavier sabia dessas coisas!
As palavras ecoaram dentro de mim, como uma validação, um lembrete de que esse contato era real e que os mistérios do universo se desdobram para aqueles que estão prontos para vê-los.
E então, despertei. Meu corpo ainda vibrava com a energia daquele encontro. O abraço do menino, sua luz e sua pergunta permaneceram comigo, como uma chave para algo que ainda preciso decifrar.
Reflexões sobre minha Experiência Astral
Essa projeção astral ocorreu após uma outra experiência semelhante, na qual me vi diante de um local neutro que, apesar de não ter barreiras físicas aparentes, possuía um portal de acesso. Para poder entrar, precisei registrar meu nome na "porta", como se fosse uma identificação energética necessária para acessar aquele espaço. Esse detalhe me chamou a atenção, pois simboliza um processo de reconhecimento espiritual, como se apenas aqueles que tivessem permissão ou ressonância com aquele ambiente pudessem atravessar.
Embora o interior desse primeiro local ainda estivesse embaçado para minha percepção, eu pude notar silhuetas humanas ali presentes, sugerindo que já havia outras consciências naquele espaço. Esse primeiro acesso pode ter sido um preparativo para o que viria a seguir – um encontro mais direto e consciente com a energia do menino.
O Ponto Intermediário – Um Espaço de Conexão entre Dimensões
Com base nos estudos sobre projeção astral e estados expandidos de consciência, esse lugar pode ser identificado como:
Uma subcamada da 5D ou 6D – Se esse menino veio de uma realidade superior, pode ter ajustado sua frequência para algo mais acessível a mim. Dimensões como a quinta e a sexta são conhecidas por serem passagens entre o mundo físico e realidades mais sutis, onde trocas de conhecimento podem acontecer.
Um plano mental superior (entre a 4D e a 5D) – Algumas correntes espirituais falam sobre espaços de aprendizado, onde consciências diferentes interagem para compreender realidades distintas. Esse ambiente tinha essa característica – era neutro, sem uma forma física definida, como se existisse apenas para possibilitar aquele encontro.
Uma zona de intercâmbio interdimensional – Algumas tradições espiritualistas mencionam lugares específicos no astral que funcionam como portais de conexão entre consciências de diferentes frequências. Pode ser que eu tenha acessado um desses locais, onde seres de diferentes planos se encontram temporariamente.
A semelhança entre esse segundo local e aquele onde assinei meu nome reforça a ideia de que estou acessando camadas específicas de consciência que exigem um reconhecimento energético prévio. Isso sugere que esses encontros não são casuais, mas sim parte de um processo estruturado de aprendizado e troca interdimensional.
De Onde Vinha Essa Consciência?
A pergunta que mais ressoa em mim é: quem era esse menino e de onde ele veio? Sua energia era de uma pureza indescritível, sua forma era humana, mas sua vibração transcendia qualquer coisa que eu já tenha sentido. A hipótese mais plausível é que ele pertencia a uma realidade onde as emoções humanas, em sua complexidade, não existem da mesma forma. Isso me leva a algumas possibilidades:
Uma consciência estelar pleiadiana ou interdimensional – Ele pode ser parte de uma civilização estelar, especificamente dos Pleiadianos. Alguns relatos sobre os Pleiadianos mencionam que eles possuem tanto adultos quanto crianças, e que os mais jovens, em certas ocasiões, interagem com humanos para aprender sobre a experiência terrestre. Como uma raça ligada ao amor incondicional e ao despertar da humanidade, faz sentido que um jovem pleiadiano tenha vindo estudar nossas emoções.
Uma manifestação de uma alma futura – Existe também a possibilidade de que ele seja um reflexo do que eu posso me tornar em uma linha do tempo mais elevada. Algumas vertentes da espiritualidade falam sobre encontros com versões futuras de nós mesmos, que aparecem em projeções para nos guiar em momentos de transição.
Uma criança cósmica aprendendo sobre a experiência humana – Se ele estava estudando o sistema humano e suas emoções, talvez viesse de uma realidade onde o amor já é a única vibração existente, sem as nuances de dualidade que experimentamos aqui. Sua pergunta – "Vocês são sempre amorosos assim?" – demonstra que ele tentava entender como o amor se manifesta na Terra.
A relação entre esse menino e o primeiro espaço que acessei antes do encontro me faz refletir: será que aquele local inicial era uma espécie de portal de preparação? Um ambiente onde eu precisava me identificar energeticamente antes de seguir para o verdadeiro encontro?
O Papel de Chico Xavier na Projeção
Outro elemento intrigante da experiência foi a menção a Chico Xavier. Sua presença pode ter ocorrido de duas formas principais:
Sugestão de que ele também vivenciou encontros semelhantes – Chico Xavier foi um grande médium e um dos maiores canais de comunicação interdimensional da história. Sua menção pode ter sido uma forma do meu subconsciente ou dos guias espirituais indicarem que experiências como essa já foram vividas por ele, o que reforça a importância desse contato.
Chico Xavier como um suporte espiritual no momento do encontro – Outra possibilidade é que ele realmente estivesse presente, atuando como um ancorador energético, garantindo que o encontro acontecesse da melhor maneira possível. Se o menino precisava de um referencial de amor humano, Chico poderia ter sido um intermediário para tornar esse aprendizado mais acessível a ele.
A fala que ouvi – "Chico Xavier sabia dessas coisas!" – reforça a ideia de que ele entendia a profundidade desses encontros e tinha consciência da existência desses seres e das suas interações com a humanidade.
Conclusão
Com base nesse entendimento, acredito que esse encontro não foi aleatório. Foi uma troca de aprendizado entre dimensões, onde cada um de nós experimentou algo novo.
Ele, ao sentir um amor genuinamente humano.
Eu, ao perceber que há consciências em realidades superiores que ainda buscam compreender aquilo que, para nós, é tão essencial.
O fato de o menino precisar aprender sobre o amor humano sugere que, mesmo em realidades evoluídas, a experiência emocional da Terra tem um valor único. Isso reforça a importância do nosso papel na grande rede cósmica – somos portadores de uma forma específica de amor, que pode ser compreendida e absorvida por outras consciências.
A conexão entre essa experiência e o local onde assinei meu nome me faz refletir sobre a possibilidade de estar participando de um processo mais amplo de aprendizado e contato interdimensional. Se aquele primeiro ambiente era uma espécie de portal energético onde precisei me identificar, então há uma estrutura por trás desses encontros, algo que transcende a casualidade das projeções astrais comuns.
Sinto que esse encontro pode ter sido uma preparação para algo maior, um chamado para aprofundar minha jornada de compreensão sobre as múltiplas realidades da existência.
