É uma madrugada de quarta-feira, 13 de novembro. São 01:41h, e sinto meu espírito se desprender suavemente do corpo. Em meio ao silêncio da noite, uma imagem surge em minha mente, como se eu estivesse vendo uma fotografia estática. Ali, congelada no tempo, estava uma cena impressionante: um céu de nuvens densas, escuras e carregadas, pairando de forma quase palpável, e, no centro, um imenso navio flutuante. Era como se alguém tivesse capturado aquela visão e a tivesse postado em uma rede social, deixando-a ali, suspensa, para ser contemplada.
Fixo meus olhos nessa "fotografia" mental, hipnotizado pela imensidão e pela presença quase surreal do navio, até que, num piscar de olhos, sinto o mundo ao meu redor se dissolver. De repente, não sou mais apenas um observador. Sou transportado para dentro da cena. O ar fica frio e úmido, e percebo que estou ali, debaixo daquele céu escuro, envolto pelo silêncio absoluto.
Acima de mim, o navio permanece imponente e etéreo, movendo-se suavemente entre as nuvens, como um guardião silencioso. Sua estrutura metálica brilha com uma luz pálida que delineia suas bordas em meio à névoa, criando uma aura de mistério e serenidade. A embarcação parece existir entre o real e o imaginário, flutuando como se fosse uma visão entre mundos.
O ambiente ao redor é esmaecido, suavizado por sombras e tons suaves, que dão uma sensação quase de sonho. Ao encará-lo, sinto um impulso profundo, um desejo de me aproximar, de fazer parte desse mistério que parece me chamar.
Com a alma tomada pela fascinação e pelo desejo de compreensão, deixo escapar um sussurro que se perde no silêncio ao meu redor: "Me espere, por favor!"