Nossos sentimentos são guias para a razão. A reflexão sobre eles talvez seja a chave de se compreender o que se apresenta. Não há acaso no universo da linguagem. Há possibilidades dentro da limitação daquilo que se conhece.
Se o que se percebe externamente é uma extensão de nós mesmos, o que se vê sempre será aquilo que nos complementa - para gerar o movimento de descoberta do ser. Ao nos afundarmos nos sentimentos e tentarmos buscar uma razão na memória criada (que gerou aquele sentimento), um elemento externo de si, e não interno, fica difícil poder seguir, entramos em um espiral, outra simbologia de estar limitado em si.
Isso não diminui a tua potência, nem a tua atuação no processo. Isso apenas reduz tua atuação no campo da criação.
Ao percebermos o sentimento como linguagem, acabamos tendo algum controle sobre o que está acontecendo e isso possibilita uma projeção mais assertiva. Talvez por isso digam que passaremos a sentir menos, mas apenas entenderemos o sentimento em simbologia. Mas ele não deixará de existir, ele apenas passa a existir consciente. Porque ele é a chave que impulsiona a matriz humana.
Quando falamos em ESPIRAL, INTRATERRENO, OLHO, UTERO, INTESTINO, CÉREBRO, classificamos como a primeira parte do processo da consciência de um ser. Os órgãos citados poderiam ser considerados órgãos primordiais, através deles se ativa e atualiza essa pulsão inicial da criação da própria realidade.
A realidade humana, tem como parte do processo de gerar sua matriz, a projeção do sentimento. Já uma realidade Grey, seria a lógica apenas para gerar a sua matriz. Assim cada realidade é gerada, a partir do projeto de cada raça, para que juntas possam criar uma realidade diversa.

Imagem do artista Alex Grey.